24 de nov. de 2015

Uma bactéria que mata cinco mil brasileiros por ano = LEGIONELLA

Por Roxana Tabakman em 23/11/2015 na edição 877

Habituados a noticiar desgraças, nós jornalistas logo procuramos responsabilidades entre os causadores de tragédias por ação ou omissão. Geralmente os holofotes estão no terrorismo, no governo, nas empresas. Poucas vezes olhamos para atrás, e nos perguntamos o quê a imprensa poderia ter feito.
Agora, alertam os especialistas, a população brasileira corre um sério risco pela falta de divulgação na grande mídia de uma ameaça chamada Legionella, uma bactéria que, segundo estimativas, já mata anualmente cerca de 5.000 brasileiros.
“A imprensa trata do assunto com pouca ênfase e quando o aborda confunde informações” reclama o especialista em risco Leonardo Cozac. Semanas atrás, por exemplo, a TV Globo fez umamatéria sobre a Legionella que chamou a atenção dos especialistas por ter fornecido informações incompletas. “Nela se falava de que a Legionella vem pelo ar condicionado e de que o risco está somente na água aquecida” explicou ao Observatório da Imprensa, Marcos d’Avila Bensoussan, outro especialista da área que logo depois da emissão do programa fez o alerta do erro pelas redes sociais.
Bactérias da Legionella no microscópio / Foto Wikimedia - CC
Bactérias da Legionella no microscópio / Foto Wikimedia – CC
O perigo oculto no lava-jato
“As reportagens devem sempre consultar pesquisadores” recomenda Bensoussan, que acrescentou: “a imprensa tem que tomar cuidado.” Contrariamente ao difundido, a bactéria pode estar em qualquer aerossol ou vapor de agua, e na lista preta entram chuveiros, fontes decorativas, jacuzzis, parques aquáticos, umidificadores de ar, torres de resfriamento utilizados na refrigeração e máquinas de lava-jato.
Os especialistas não se cansam de afirmar que no ano de 2013, quando no Brasil ocorreram 387 mortes por dengue, 4.600 por tuberculose e 41 de malária, pela “desconhecida” Legionella teriam morto em torno de cinco mil pessoas. Os idosos com problemas respiratórios e fumantes formam o maior grupo de risco. Mortes, custos médicos, absenteísmo em escolas e trabalho poderiam diminuir sensivelmente com mais informação. A única prevenção possível é evitar a sua proliferação nos ductos de água. Infelizmente, análises de amostras de água de todo o Brasil, mostram um percentual de 15% de resultados positivos para a bactéria.
Uma busca no Google, permite conferir facilmente o pouco destaque que a mídia brasileira tem dado ao problema que acaba com 13 vidas por dia no país, nos cálculos mas otimistas. A imprensa pode colaborar de diversas maneiras. Uma é simplesmente publicando notícias que atraiam a atenção do público e dos responsáveis. Em tese, a difusão de informações sobre a legionella poderia fazer pressão para que o Ministério da Saúde aborde o assunto de forma proporcional à sua importância. Os hospitais no Brasil não identificam o tipo de microrganismos que causa febre ou pneumonia, e se fosse feita a identificação, seria mais fácil localizar surtos ou regiões com problemas de proliferação da bactéria.
Fatos noticiosos a destacar não faltam. Em Nova Iorque houve um surto recente com cerca de 12 mortes e mais de 300 pessoas contaminadas. Houve casos fatais também em Illinois e Califórnia. De fato, nos EUA os casos se triplicaram entre 2001 e 2012. Faz um ano houve no Portugal um surto com 7 mortes e 273 contaminados.
A grande maioria dos focos da doença está associada a hotéis, resorts, e navios além de hospitais e por causa disso o assunto está despertando o interesse dos turistas estadounidenses que virão aos Jogos Olímpicos. Quando se fala em Legionella no Brasil, logo vem à cabeça de muitos, o caso do ex-Ministro Sérgio Motta, que teria falecido depois de ter contraído essa bactéria. Na época, o governo e a mídia relacionaram essa morte a sistemas de ar condicionado sem manutenção. A qualidade de ar melhorou, mas o risco ainda se esconde no água.
Uma segunda via em que a mídia e chamada a ocupar um papel importante é alertar corretamente sobre a prevenção da enfermidade, explicando de forma clara os cuidados domésticos como a esterilização da água utilizada em umidificadores residenciais e a limpeza de chuveiros. “A Legionella ficou conhecida em 1976. Já se passaram quarenta anos, os casos se multiplicam e ainda há muito por fazer para que mais vidas sejam poupadas por esta bactéria no nosso dia a dia” conclui Bensoussan, editor do livro gratuito de divulgação Legionella na visão de especialistas. “A população brasileira corre um sério risco pela falta de divulgação na grande mídia e por falta de interesse do Ministério da Saúde em abordar seriamente o assunto.” acrescenta Cozac.
Problemas no pais não faltam. Seria bom não ter que agregar ao dengue, vírus Zika e microcefalia, o título “Surto de Legionella no Brasil”. Ainda dá para fazer a nossa parte. Para mais detalhes sobre a Legionella, visite as seguintes páginas na internet:
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Roxana Tabakman é bióloga e jornalista. Autora do livro “A saúde na mídia. Medicina para jornalistas, jornalismo para médicos” (Ed. Summus).

12 de nov. de 2015

Certificação WELL, colocando as pessoas em 1º lugar = Green Building Brasil

Por que mais uma certificação no mercado?
A resposta mais simples e direta seria que nenhuma certificação coloca as pessoas em 1º plano, valorizando a experiência e percepção do usuário no ambiente construído.
Mas há muito mais valor agregado nas entrelinhas… passamos grande parte de nossa vida em ambientes construídos. Estima-se que mais de 90% de nosso tempo. Portanto, a qualidade dos espaços tem um impacto direto em nossa qualidade de vida, saúde, bem-estar e produtividade. Todos empresários sabem que o maior ativo de empresa são seus funcionários, e que estes, representam o maior custo operacional. Considerando um ciclo de vida de 30 anos de um edifício de escritórios, o custo com funcionários pode chegar a até 92%. (Sustainable Building Technical Manual/ Joseph J. Romm. “Lean and Clean Management”, 1994).

Muito legal o artigo no Blog do GBCB sobre a certificação WELL, o qual a SETRI está sendo pioneira na busca da certificação.
Já estamos com 95% de toda documentação lançada no WELL on line e esperaamos a visita do auditor do WELL no início de 2016.
Realizamos muitas mudanças em nosso escritório e sem dúvida o ambiente está muito mais adequado.
Recomendamos a certificação WELL ela é feita para as pessoas e não para os edifícios.
Estamos contanto com a consultoria da Luiza Junqueira e do Eduardo Straub 

4 de nov. de 2015

WELL PROJECTS CERTIFIED - SETRI

A SETRI continua trabalhando para a conquista da certificação.

2 de nov. de 2015

LEGIONELLA SENDO FALADA NA REDE GLOBO PROGRAMA BEM ESTAR 02/11/2015



No programa Bem Estar de hoje 02/11/2015 foi falado sobre o tema Legionella.
Cabe um adendo, pois a maioria das informações não foram completas, pois qque assistiu ou vai assistir pode pensar que só limpando a caixa dágua resolve o problema, nada disso o problema é muito mais complicado do que o que foi falado.
Quer saber realmente o que é LEGIONELLA ? veja no site www.setri.com.br e baixe o nosso livro LEGIONELLA NA VISÃO DE ESPECIALISTAS.