A certificação WELL e o case Setri Imagem enviada por pela Arq. Luiza Junqueira e Eng. Eduardo Straub A certificação WELL: Criada pelo IWBI – International Well Building Institute e lançada oficialmente em fevereiro de 2015, a certificação WELL é a primeira focada na saúde e bem-estar das pessoas e atua de forma consonante e complementar a outros processos de certificação ambiental, tais como o LEED ou o Living Building Challenge. Há anos, diversas pesquisas internacionais demonstram que o maior custo de uma edificação comercial são as pessoas que as habitam, chegando a representar 92% do total. Dos 8% restantes, 6% representam os custos de operação e manutenção e somente 2% os custos de projeto e construção. Neste sentido, o IWBI acredita que os edifícios não devem ser melhores apenas para o planeta, mas também para as pessoas que os habitam, aproveitando o ambiente construído como um veículo de melhoria da saúde humana, bem-estar e conforto, melhorando os padrões de qualidade de vida e consequentemente o desempenho dos ocupantes. Semelhante ao LEED, o WELL possui 102 características descritivas e de desempenho classificadas entre pré-condições (obrigatórias) e otimizações (opcionais), que somadas devem satisfazer uma quantidade mínima e determinar o nível da certificação que varia entre prata, ouro ou platina. O conjunto de características esta subdividido em 7 áreas de avaliação: Ar, Água, Alimentação, Iluminação, Saúde física, Conforto e Mente e juntas trazem benefícios para os principais sistemas funcionais do corpo humano: Cardiovascular, digestivo, endócrino, imunológico, tegumentar, muscular, nervoso, respiratório, ósseo e urinário. O processo de certificação é compreendido em 5 passos; registro do projeto na plataforma WELL online, envio da documentação, verificação de performance, certificação e recertificação. O processo de verificação de performance, diferentemente das outras certificações como o LEED, exige uma visita técnica ao projeto, na qual o Assessor well realiza inspeções visuais e testes de desempenho para avaliar a qualidade do ar e da água, níveis de ruído, iluminância e temperatura entre outros parâmetros, chamado de comissionamento WELL. Se os resultados do processo de verificação demonstrarem que o projeto atende a todos os requisitos, o projeto então está pronto para ser certificado. Além disso, com o objetivo de manter os mesmos níveis de qualidade projetual, manutenção e operação ao longo do tempo, o projeto deve ser recertificado a cada 3 anos. Relacionado: Estudo avalia a Saúde, Bem-estar e Produtividade nos Escritórios Exemplos de boas práticas em prol do bem-estar do ocupante do edifício O case Setri: O primeiro case em andamento da certificação WELL no Brasil é o escritório da SETRI em São Paulo.Localizado em um edifício existente, construído no início da década passada, e a tipologia escolhida para a certificação foi em Interiores Existentes. O projeto possui algumas particularidades e, para atendimento da certificação, uma serie de adaptações que não envolveram reformas e obras foram necessárias. Além disso, esse projeto é um dos menores em área construída deste tipo no mundo, o que por alguns momentos facilitou, mas em outros tornou o processo mais complexo. A sede da empresa SETRI é um escritório comercial de 50m2 de área total construída. A empresa possui somente três ocupantes, todos sócios, o que facilitou a implantação de alguns dos procedimentos e políticas que são exigidos pelo WELL. Além disso, por tratar-se de uma empresa cujo core business é desenvolver serviços ligados a saúde e qualidade de vida das pessoas dentro das edificações, a SETRI entendeu que esta seria uma boa oportunidade para demonstrar sua preocupação com o tema. Seu knowhow facilitou bastante na aplicação e atendimento dos requerimentos, principalmente no que tange a qualidade da água. Hoje o projeto encontra-se no segundo round de revisão da documentação, realizada pelo GBCI, mesma instituição que realiza a auditoria para a certificação LEED. Após esta etapa, o WELL exige que seja feito o comissionamento, ou verificação de performance, realizado por um assessor autorizado. Esse comissionamento ocorre no local do projeto e é verificado na prática o atendimento das adaptações nos sistemas prediais do projeto, nas políticas da empresa e em coletas de amostras para realização de testes de qualidade da água e do ar. O projeto da SETRI atende a todas as precondições, que são obrigatórias para atendimento minimo da certificação, bem como soma uma série de otimizações, que caso aprovadas resultarão em uma classificação ouro. Para adaptar o escritório, uma série de mudanças físicas e comportamentais, como a mudança de velhos hábitos, foram incorporadas. Algumas dessas mudanças foram: • Instalação de filtros mais eficientes no sistema de ar condicionado, associado a equipamentos que monitoram os níveis de umidade relativa do ar e acionam dispositivos que garantem a correção para níveis adequados de conforto, ora umidificando, ora fazendo a desumidificação; • Substituição de todas as lâmpadas, visando atender uma coloração mais confortável para o desenvolvimento de tarefas dentro de um escritório e para favorecer o rítmo circadiano, responsável pelo relógio interno existente em humanos e animais e sincronizar as funções fisiológicas no ciclo de 24 horas; • Instalação de iluminação de tarefa e ventiladores de mesa que proporcionam conforto e autonomia a cada um dos usuários; • Instalação de equipamentos que monitoram os níveis de qualidade do ar e iluminância; • Substituição de todos os produtos e equipamentos de limpeza e higiene pessoal, bem como treinamento dos ocupantes e equipe de limpeza para novos procedimentos de manipulação e uso desses produtos. A importância de treinar os ocupantes, bem como formalizar essas informações em políticas do escritório, garante que a informação perdure no projeto e não vá embora com as pessoas; • Instalação de novo mobiliário e adaptação do mobiliário existente para garantir melhor ergonomia e conforto além de mobiliário que garanta maior flexibilidade e movimentos físicos aos usuários como estações para trabalhos para tarefas de pé e pequenas bicicletas ergométricas embaixo das mesas; • Instalação de vegetação para maior contato do usuário com a natureza, incorporando os conceitos de biofilia; • Implantação de uma série de políticas que visam a mudança de hábitos de alimentação para padrões mais saudáveis, o incentivo a prática de atividades físicas e ao bem-estar, políticas de transporte alternativo, incentivo a práticas altruístas, a implantação de novos procedimentos de compras e descarte dos resíduos, entre outras Além dessas, uma série de outras adaptações foram implementadas no projeto e, um dos grandes diferenciais é que apesar dos testes de qualidade da água e ar serem necessariamente coletados pelo agente comissionador WELL e realizados por laboratórios acreditados, a SETRI se antecipou e realizou todos os testes necessários através dos mesmos laboratórios credenciados pelo WELL. Todos os testes atenderam aos níveis mínimos de qualidade exigidos. Exemplo de adaptação feito no escritório da SETRI Entretanto, apesar de todos os esforços, uma das principais barreiras hoje para a viabilização desta certificação no Brasil, são os altos custos das taxas de registro, certificação e comissionamento pagas ao IWBI. Até junho de 2016 as taxas estão com valores reduzidos, visando incentivar novos projetos que busquem o WELL, mas essas taxas são proporcionalmente mais atrativas de acordo com a metragem construída, ou seja, quanto maior o projeto, mais barato por m2. Como o projeto da SETRI é particularmente pequeno, as taxas ficaram consideravelmente elevadas. Uma sugestão para que a certificação seja mais acessível em termos de custo para os padrões brasileiros é a de que os testes possam ser realizados nos mesmos laboratórios indicados pelo WELL e aceitos pela certificação sem a necessidade de se “importar” um profissional para realização desta tarefa. Além disso, o quanto antes o Brasil contar com profissionais capacitados para realizar esta tarefa de comissionamento, certamente este mercado se desenvolverá mais rápido. Além da questão financeira, ainda existem particularidades na certificação que não são habituais para a nossa realidade, tais como a necessidade de monitorar os níveis de ozônio no ar externo e oferecer produtos de alimentação de origem animal que possuam uma certificação classificada como Human Certified. Existem somente dois fornecedores deste tipo no Brasil e para produtos diferentes. Vale no entanto ressaltar que nenhuma dessas barreiras é um impeditivo real para a viabilização da certificação WELL no Brasil, e, se for implantada em um projeto certificado LEED ou que tenha sido construído seguindo práticas da construção sustentável, mais fácil sua obtenção. Como qualquer nova certificação, o WELL ainda esta em fase da maturação, porém deve evoluir rapidamente para minimizar as dificuldades e abranger melhor as diversidades de cada projeto e região. Não à toa, uma nova versão da norma, originalmente lançada em fevereiro de 2015, foi publicada em setembro do mesmo ano. A certificação WELL está na vanguarda e tem tudo para virar pratica padrão das empresas, principalmente daquelas que se preocupam de fato com a saúde e bem-estar de seus funcionários, e enxergam nisso a viabilização de reter talentos, reduzir turnovers a absenteísmo e aumentar a lucratividade. O Well já é realidade! Por Arq. Luiza Junqueira e Eng. Eduardo Straub da StraubJunqueira A certificação WELL e o case Setri -
SustentArqui -
http://sustentarqui.com.br/dicas/a-certificacao-well-e-o-case-setri/
26 de fev. de 2016
24 de fev. de 2016
LEGIONELLA ESTÁ PRESENTE ONDE VOCÊ MENOS ESPERA
A SETRI trabalha com o tema Legionella desde 2008. Realizamos a avaliação de risco e o monitoramento da Legionella em nosso escritório, mesmo sem a produção de spray ou aerossol. Temos somente duas torneiras para uso de higiene, mas mesmo assim realizamos o monitoramento. Nossa água é suprida pela SABESP e não possui qualquer tratamento. O edifício onde estamos localizados, recebe a água, possui um reservatório inferior e um superior, deste ponto se distribui para todos os conjuntos comerciais.
Pois bem, nossa última avaliação apresentou resultado POSITIVO e ainda mais da LEGIONELLA SG1.
Vamos iniciar de imediato uma limpeza e desinfecção do sistema como um todo e solicitar ação do condomínio para o problema.
Este é uma alerta, pois qualquer sistema de água pode apresentar a LEGIONELLA e os riscos são enormes.
Que este caso sirva de mais um exemplo vivo de que a LEGIONELLA é e será um grande risco.
Pois bem, nossa última avaliação apresentou resultado POSITIVO e ainda mais da LEGIONELLA SG1.
Vamos iniciar de imediato uma limpeza e desinfecção do sistema como um todo e solicitar ação do condomínio para o problema.
Este é uma alerta, pois qualquer sistema de água pode apresentar a LEGIONELLA e os riscos são enormes.
Que este caso sirva de mais um exemplo vivo de que a LEGIONELLA é e será um grande risco.
4 de fev. de 2016
LEGIONELLA TRANSMISÃO DE PESSOA PARA PESSOA ?
Um estudo esté indicando a possibilidade da transmissão da LEGIONELLA de pessoa para pessoa, que até os dias de hoje nunca se havia comprovado. O caso em Portugal coloca todos especialistas em aviso pois este tema revoluciona o tema LEGIONELLOSE.
http://www.livescience.com/53595-legionnaires-disease-can-spread-between-people.html
http://www.livescience.com/53595-legionnaires-disease-can-spread-between-people.html
Legionnaires' Disease Might Sometimes
Spread Between People,
One Case Suggests
By Taylor Kubota, Live Science Contributor | February 03, 2016 05:01pm ET
Legionnaires' disease, a sometimes-deadly respiratory disease thought to be spread only through contaminated water, mist, vapor or soil, also may be transmitted between people, a new report of a single case in Portugal suggests.
The evidence from the case shows that "person-to-person transmission of [Legionnaires'] was the most plausible explanation" for how the woman in the case became sick, said Dr. Ana Correia, the lead author of the case report and a physician at the Northern Regional Health Administration in Porto, Portugal, in an email to Live Science.
Correia emphasized that, even if other cases confirm that person-to-person transmission of Legionnaires' disease happens occasionally, that type of transmission is likely very rare.
ach year, between 8,000 and 18,000 people in the United States are hospitalized with Legionnaires', according to the Centers for Disease Control and Prevention. The disease is caused by a type of bacteria called Legionella. Symptoms usually develop two to 10 days after a person is exposed to the bacteria, and tend to worsen over time without treatment. A person with Legionnaires' may initially experience loss of appetite, headache and high fever, and go on to develop a cough with phlegm or blood, as well as chest pain and confusion. The disease can develop into a fatal form of pneumonia. [5 Things You Should Know About Legionnaires' Disease]
About 5 to 10 percent of people infected with Legionnaires' die, according to the World Health Organization. The rate can be higher (up to 80 percent) among people who have weakened immune systems.
The disease was first identified in 1977, after an outbreak of pneumonia among attendees of an American Legion convention in Philadelphia. TheLegionella bacteria that cause the disease grow best in warm water, such as in plumbing systems, decorative fountains and cooling towers. People can be exposed to Legionella by breathing in contaminated water droplets, breathing in drinking water (having it go down the "wrong pipe") or, in uncommon cases, through working with contaminated soil.
In late 2014, there was a large outbreak of Legionnaires' in Vila Franca de Xira, in western Portugal, with 334 cases and 10 deaths. Ninety percent of the people infected lived within about 2 miles (3 kilometers) of a cooling system, which was later found to be contaminated with the bacteria.
Correia and her co-authors looked at two cases from this outbreak, of a man and his mother.
The man was a 48-year-old maintenance worker who worked at the cooling tower complex that was later found to be contaminated, and was among the first cases identified in the outbreak. His illness began in mid-October 2014, and he developed severe respiratory symptoms, including a strong cough. During this time, he stayed with his 74-year-old mother for 8 hours before being admitted to a hospital.
The man's mother had no previous health issues but developed symptoms of Legionnaires' in late October, and was admitted to the same hospital as her son in early November. They both died — the mother on Dec. 1, 2014, and the son on Jan. 7, 2015.
Gene sequencing of the bacteria from urine samples from the mother and son revealed they had the same strain of L. pneumophila bacteria as other people in that outbreak. The samples were sequenced weeks apart to avoid cross-contamination.
As far as the researchers could tell, the woman had remained in Porto, about 186 miles (300 km) from Vila Franca de Xira, during the outbreak, according to the paper. She had never been to Vila Franca de Xira, and no other cases of Legionnaires' were reported in Porto.
The mother and son lived in a home with small rooms that had no ventilation or air conditioning. Water samples from the home all tested negative for Legionella.
Taken together, all of the evidence points to the likely conclusion that the mother was infected directly through contact with her son, the researchers wrote in their report of the case. Experts had previously hypothesized that Legionnaires' could be transmitted from person to person, but this appears to be the first time evidence from an actual case has supported this hypothesis, they said.
The U.S. has seen recent small outbreaks of Legionnaires', including one in New York City in 2015. And although the disease is still rare, the CDC reported a near tripling of U.S. cases of Legionnaires' between 1998 and 2012. The agency said the increase could be explained by the aging of the population, aging plumbing or changes in climate. It could also reflect increased diagnostic testing and reporting.
The CDC currently says on it's website that a person with Legionnaires' "is not a threat to family members, co-workers or others."
"All previous evidence indicates that Legionnaires' disease is contracted via inhalation or aspiration of contaminated water droplets from an environmental source, and proper maintenance of these sources is critical for disease control," CDC spokeswoman Kristen Nordlund told Live Science in an email. "Although we did not participate in review of these data, this interesting report suggests that person-to-person transmission may be possible in rare circumstances."
Correia said she thought this measured response was a good idea, and stressed the need for caution when evaluating this research. "We still think that the odds of person-to-person-transmission of LD are so small that, for the moment, we don't consider [it] necessary to change the information available to the public," Correia said.
Follow Live Science @livescience, Facebook & Google+. Originally published on Live Science.
Assinar:
Postagens (Atom)