29 de dez. de 2014
Legionellosis death after water birth sparks call for stricter infection control protocols
Fritschel E. Emerg Infect Dis. 2015;doi:10.3201/eid2101.140846.
December 26, 2014
Improved infection control standardization and compliance may be required for midwives overseeing home water births in Texas, according to recent findings.
Researchers from the Texas Department of State Health Services (TDSHS) investigated a 2014 case of fatal Legionella pneumophila serogroup 1 infection in an infant delivered by water birth. The infant presented to a local pediatric hospital at 6 days old with loose feces, cyanosis and respiratory failure. Due to sepsis, the infant was placed on extracorporeal membrane oxygenation and was prescribed ampicillin and gentamicin.
Initial tests screened for the presence of Escherichia coli, group B streptococcus and listeria, but the child’s water birth delivery and signs of fulminant sepsis and respiratory failure were more consistent with legionellosis. Diagnosis of L. pneumophila serogroup 1 infection was confirmed on day four of the child’s hospitalization through Legionella urinary antigen and PCR testing. The infant died after 19 days in the hospital, andLegionella was confirmed as the cause of death.
The birth was facilitated by a licensed midwifery center, which used a jetted, soft-sided collapsible tub with water. The water came from a private borehole well, and commercial water purifying spa drops were added upon filling the tub. The enzyme-based drops did not contain chlorine, and the water had not undergone any recent filtration or chemical disinfection. The water circulated in the tub at approximately 37°C until 2 days before the delivery, and was then drained, refilled with well water and circulated until the birth. There were no complications during birth, which occurred at term via vaginal delivery with assistance from a certified professional midwife.
The pregnancy was reportedly healthy, and there was no maternal travel during the 12 months before delivery. Testing of the delivery tub and private water source was recommended by the TDSHS and conducted by a CDC-certified laboratory. Both swab culture isolation and the well water did not yield evidence of Legionella.
While these tests did not confirm any environmental correlations, several measures of the birthing were insufficient, the researchers wrote. The midwifery center’s use of a recreational jetted tub with internal tubing was not approved for use, as such tubs can be difficult to disinfect. Water treatment inside this tub consisted of an unapproved additive, with water circulating at 37°C for a prolonged period. Moreover, no written or enforced procedures were provided by the midwifery center for employees to follow throughout the delivery.
In response, the TDSHS has drafted recommendations for the midwifery center associated with this Legionellainfection. The document provides guidelines for birthing tub sanitation and water birth protocols, and calls for more uniformity in the education and certification of midwives.
“Findings from this investigation revealed a gap in the standardization and implementation of infection control practices for midwives during home water birth,” the researchers wrote. “The death highlighted the need for infection control education, client awareness, and standardization of cleaning procedures in Texas midwife facilities.”
Disclosure: The researchers report no relevant financial disclosures.
26 de dez. de 2014
Surto de legionella vai ser prova de fogo para a justiça portuguesa
Mais de 370 pessoas ficaram infectadas e outras 12 perderam a vida em consequência da libertação da bactéria
A partir de agora os afectados podem gratuitamente recorrer aos serviços da delegação de Vila Franca de Xira da Ordem dos Advogados para obter aconselhamento jurídico. O MIRANTE levantou aos responsáveis algumas das dúvidas que mais preocupam as vítimas.
http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=684&id=105868&idSeccao=12189&Action=noticia#.VJ073XkKA
A partir de agora os afectados podem gratuitamente recorrer aos serviços da delegação de Vila Franca de Xira da Ordem dos Advogados para obter aconselhamento jurídico. O MIRANTE levantou aos responsáveis algumas das dúvidas que mais preocupam as vítimas.
O processo judicial de apuramento de responsabilidades no recente surto de legionella no concelho de Vila Franca de Xira, que matou 12 pessoas e infectou mais de 370, vai ser um teste de fogo à eficácia da justiça portuguesa e um processo que irá colocar à prova o seu dinamismo.
Andreia Figueiredo, da delegação de Vila Franca de Xira da Ordem dos Advogados, diz mesmo que será um caso de estudo na história do direito português. “Tenho a certeza que será um caso exemplar da justiça portuguesa, vai dar atenção a um ramo do direito que em Portugal ainda não é muito valorizado e trabalhado, que é o direito ambiental. Será, em todas as perspectivas, um case-study”, defende.
Para assegurar que nenhuma pessoa afectada pelo surto possa ficar sem apoio judiciário, o município de Vila Franca de Xira e a delegação local da Ordem dos Advogados assinaram um protocolo de cooperação visando o encaminhamento, consulta gratuita e criação de uma bolsa de advogados disponíveis para acompanhar as vítimas no longo caminho jurídico que agora começa.
Neste momento corre um processo de inquérito no Ministério Público (MP) onde serão recolhidos elementos indiciários. Só depois o MP decidirá se deduz acusação ou se arquiva o caso. Segundo a Direcção-Geral de Saúde há uma ligação entre as bactérias encontradas nos doentes com legionella e as bactérias encontradas nas torres de refrigeração da ADP Fertilizantes, no Forte da Casa. O que, note-se, não significa que a empresa tenha violado alguma das obrigações da sua licença ambiental.
Segundo Andreia Figueiredo, existem três perspectivas sobre como este caso pode vir a ser tratado na justiça caso o Ministério Público avance com uma acusação: crime ambiental; responsabilidade contra-ordenacional por não cumprimento de normas ambientais; e ainda a componente indemnizatória dos cidadãos afectados. O crime ambiental é punível até 11 anos de prisão que podem ser convertidos em multa que pode chegar aos 2,5 milhões de euros. As multas por não cumprimento de normas ambientais podem atingir os 5 milhões de euros e a isto soma-se os pedidos de indemnização pelos danos morais e patrimoniais das populações afectadas.
“Poderemos estar a falar de pagamentos suficientes para deixar uma empresa na falência ou perto disso. Na lógica contra-ordenacional pode mesmo haver, em abstracto, a interdição da actividade. Podemos ter aqui uma situação com consequências muito gravosas para a empresa”, nota a responsável. Com este protocolo, diz Andreia Figueiredo, não há desculpa para a população não procurar agir na justiça contra os autores do surto.
O que fazer e quando
A partir de agora todas as pessoas que necessitem de esclarecimentos sobre o que fazer juridicamente face ao surto de legionella podem marcar um atendimento gratuito na delegação de Vila Franca de Xira da Ordem dos Advogados. Quem for à câmara e às juntas de freguesia pedir aconselhamento jurídico vai também ser encaminhado para a delegação. O MIRANTE levantou a Andreia Figueiredo algumas questões sobre o problema.
Quando se pode avançar na justiça? Durante o inquérito do Ministério Público o cidadão já pode manifestar o propósito de deduzir ou pedir indemnização. Após a acusação, caso ela seja proferida, terá oportunidade de produzir esse pedido, apoiando-se também na recolha de prova feita entretanto pelo Ministério Público.
Ter documentação que prova que foi uma vítima do surto (recibos hospitalares, baixas médicas, recibos de farmácias, entre outros) chega para pedir uma indemnização? Não. Isso são elementos fundamentais que devem ser guardados desde a primeira hora e fazem prova do dano. Mas faltará sempre estabelecer o chamado nexo de causalidade, ou seja, é preciso que se prove o que causou o surto. Esses documentos apenas provam que a pessoa sofreu danos com esse surto. Falta identificar quem o causou. Identificar qual a causa pode não ser tão simples como à partida se possa pensar.
Caso o Ministério Público decida arquivar o processo, perde-se a possibilidade de conseguir obter indemnizações? Não. Cada caso é um caso e os elementos probatórios, apesar de não serem suficientes para uma imputação penal, podem abrir bons caminhos para a área cível. É um trabalho a ser analisado no terreno até porque, mesmo que o caso seja arquivado depois do inquérito, é sempre possível pedir a abertura da instrução.
Quanto pode custar recorrer aos tribunais?
Tudo dependerá do que for acordado com o advogado. Mas as pessoas com maiores carências económicas podem gratuitamente solicitar apoio juridico na Segurança Social. No atendimento gratuito da delegação ajudamos nesse processo também.
Há mais hipóteses de vencer nos tribunais se as vítimas estiverem todas juntas, por exemplo, numa comissão, do que cada um por si? É ainda prematuro pensar nisso. Admito que venham a nascer estruturas desse genéro, até porque isso acontece em cenários semelhantes noutros países. Mas neste momento estamos ainda numa fase muito embrionária do processo.
22 de dez. de 2014
20 de dez. de 2014
VA patient tests positive for Legionella bacteria exposure
A patient of the Fayetteville Veterans Administration hospital was exposed to Legionella bacteria sometime within the past year, the hospital reported Friday.
Hospital staff are taking precautions to prevent the spread of the bacteria to other patients and staff, including moving some patients to a separate wing of the hospital, the news release states.
The hospital initially reported that the patient had tested positive for the bacteria itself. It later said the test only showed the patient had been exposed to bacteria in the past year.
Hospital staff are implementing remediation plans, and treating the water according to federal and state guidelines.
Legionella bacteria can cause Pontiac fever and Legionnaires' disease, according to the Centers for Disease Control. Legionnaires' disease can cause pneumonia, with symptoms, such as cough, high fever and muscle aches, appearing two to 14 days after exposure.
Pontiac fever is a milder infection lasting two to five days and does not cause pneumonia.
The bacteria grow best in warm water and can be transmitted when people breathe in mist or vapor containing the bacteria, according to the CDC. Preventing the transmission of Legionella bacteria includes maintenance of the water systems in which Legionella grow, including drinking water systems, hot tubs, decorative fountains, and cooling towers.
19 de dez. de 2014
CLARIANT DIVESTS ITS WATER TREATMENT BUSINESS IN LATIN AMERICA TO ECOLAB
São Paulo, December 18, 2014 – Clariant, a world leader in specialty chemicals, has signed an agreement to divest its Water Treatment business operating in Argentina, Brazil and Colombia to Ecolab Inc. The transaction is subject to certain conditions precedent, as well as regulatory approvals. The Water Treatment business of Clariant in Latin America provides chemicals and services to a wide range of industries, including textile, food and beverage, chemical, pulp & paper, and personal & home care.
The divestment to Ecolab does not include Clariant’s Water Treatment activities related to the oil and gas industry in the Latin America region. This segment has been integrated into the Oil & Mining Business within the Natural Resources Business Area. Clariant has been providing products and services for the oil & gas sector for more than 30 years in Latin America, with production plants and laboratories to develop solutions to attend to present and future customer demands.
"The divestment of the Latin American Water Treatment business is a result of our continuous active portfolio management, based on Clariant‘s profitable growth strategy", said Michael Pronin, Region Head Latin America. "Our company will continue providing Water Treatment solutions to the oil & gas segment, as part of the package of services we offer to this important industry in our region".
Ecolab is the global leader in water, hygiene and energy technologies and services. "We are very excited in signing this transaction with Clariant, a multinational company that shares the same principles and with customer profile and business very compatible to ours. This acquisition strengthens Ecolab position as leader in industrial water treatment segment, expanding our market share and increasing our competitiveness in this sector", added Luis Gustavo Pereira, Vice President & General Manager for Latin America in Water and Process Services at Ecolab.
18 de dez. de 2014
Legionella: Câmara quer criar bolsa de advogados
Começará por consultas gratuitas às vítimas ou famílias das vítimas
Por: Redação | 16 de Dezembro às 17:58A Câmara de Vila Franca de Xira pretende assinar um protocolo com a Ordem dos Advogados para prestar aconselhamento jurídico gratuito às vítimas do surto de legionella, que afetou o concelho em novembro.
O protocolo de cooperação entre a Câmara de Vila Franca de Xira e a delegação local da Ordem dos Advogados vai ser discutido e votado na quarta-feira na reunião do executivo municipal.
Em declarações à agência Lusa o presidente da delegação da Ordem dos Advogados de Vila Franca de Xira, Paulo Rocha, explicou que a proposta passa pela criação de uma bolsa de advogados que possam, numa primeira instância, prestar aconselhamento jurídico aos interessados em recorrer à justiça.
«Numa primeira fase serão disponibilizadas consultas gratuitas para esclarecer dúvidas. É normal neste momento as pessoas estarem perdidas e não saberem o que fazer», apontou.
Paulo Rocha explicou que todos os advogados interessados poderão inscrever-se para fazer parte desta bolsa, que além de aconselhamento jurídico, poderá, numa fase posterior, acompanhar as diligências judiciais (que já serão pagas).
«Quando a bolsa estiver constituída as pessoas irão ter acesso às listas de advogados, mas terão sempre a liberdade para recorrer a advogados fora desta bolsa», esclareceu.
Relativamente à interposição de ações judiciais para indeminizações, Paulo Rocha aconselhou os interessados a aguardar os resultados da investigação que está a ser conduzida pelo Ministério Público.
«Nesta fase seria tecnicamente mais complexo e difícil provar qual foi o foco causador da doença e estabelecer um nexo de causalidade. As pessoas não estão reféns da investigação, mas é aconselhável aguardar pelo seu fim», atestou.
A Lusa contactou a Câmara de Vila Franca de Xira, mas esta remeteu eventuais declarações para mais tarde.
De acordo com o relatório final do surto de legionella, divulgado na segunda-feira, a doença, registada a partir de 07 de novembro no concelho de Vila Franca de Xira, causou 12 mortos e 375 doentes
O surto, o terceiro com mais casos em todo o mundo, foi considerado extinto a 21 de novembro, no final da última reunião da taskforce criada para acompanhar o assunto, com entidades da saúde, ambiente ou meteorologia, quando o ministro da Saúde realçou a resposta dos hospitais que «trataram mais de 300 pneumonias».
Com a divulgação de resultados laboratoriais a apontar para uma relação entre as bactérias recolhidas em doentes para análise e aquelas encontradas numa torre de refrigeração da empresa Adubos de Portugal, e com o caso a passar para a Procuradoria-Geral da República, o segredo de justiça é o argumento de algumas entidades, como a Inspeção Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (IGAMAOT), para não se falar sobre o desenvolvimento do processo.
A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.
17 de dez. de 2014
Somercotes and Eastwood firm back in court over legionella claims
A Somercotes based engineering firm accused of exposing employees and the public to potentially lethal legionella bacteria has had its case further adjourned.
Chesterfield magistrates’ court originally heard how Chromalloy UK Limited is facing two charges from May 2011 to June 2012 brought by the Health and Safety Executive.
The first is that the company allegedly failed to ensure the health and safety of employees by exposing them to a risk of legionella bacteria through a water-based cooling system with limited management arrangements or without a preventative system. Chromalloy has also been charged with failing to repair gas turbine parts so people would not be exposed or affected by legionella bacteria in the cooling system.
Prosecuting solicitor Andrew Broome, representing the HSE, claimed the alleged offences led to a failure by Chromalloy to manage and contain the risk from legionella bacteria. He claimed the company allegedly put profit before safety and argued this created a risk to the public with air-borne legionella.
The HSE claimed during a visit to Chromalloy’s site in Somercotes that an HSE inspector felt spray, saw the yard’s surface was wet and that nearby cooling towers were allegedly corroded.
The inspector extended his visit to the rest of the Somercotes factory plus the company’s site at Eastwood and allegedly found significant failings in control, recording and management of risks.
Magistrates adjourned the case to Derby Crown Court last Wednesday and it has been further adjourned for a July 6 plea and case management hearing. Engineering firm Chromalloy refurbishes turbine blades. It has sites at Clover Nook Industrial Estate, Somercotes, and at Linkmel Road, Eastwood, which have been linked to the charges.
Legionella: 12 mortos e 375 infetados «foram remetidos ao Ministério Público os elementos que poderão eventualmente consubstanciar a prática de um crime de poluição, encontrando-se o processo em Segredo de Justiça».
DGS revela que bactéria ataca muito mais os homens do que as mulheres
O surto de legionella registado a partir de 7 de novembro no concelho de Vila Franca de Xira causou 12 mortos e 375 doentes, encontrando-se ainda hoje hospitalizadas oito pessoas, segundo o relatório final do surto.
O documento divulgado esta segunda-feira, subscrito pela Direção-Geral da Saúde (DGS), o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), refere que estão ainda «sujeitos a investigação epidemiológica ou laboratorial 40 casos adicionais», na sequência do surto da doença dos legionários (legionella).
O surto de legionella foi identificado a 7 de novembro passado em freguesias do concelho de Vila Franca de Xira e controlado em duas semanas, por especialistas da DGS, do INSA e da ARSLVT.
«Ficou demonstrada a correspondência da estirpe de bactérias isoladas numa das torres de arrefecimento de uma unidade fabril local, com a estirpe identificada em secreções brônquicas de doentes», lê-se no documento que a Lusa cita.
A 21 de novembro, no final da última reunião do grupo de trabalho constituído pelo Ministério da Saúde para acompanhar o surto, o diretor-geral da Saúde disse que as bactérias encontradas em doentes com legionella são semelhantes às detetadas numa torre de refrigeração da empresa Adubos de Portugal.
Segundo o documento, a idade média dos doentes foi de 58 anos e, dos 375 casos, 251 (67 por cento) são do sexo masculino e 124 (33 por cento) do sexo feminino.
A maioria dos doentes, 78 por cento, residem em Vila Franca de Xira, 11 por cento no concelho de Loures e 11 por cento habitam em outras freguesias.
«Todos os casos identificados tiveram ligação epidemiológica (residência, trabalho, permanência ou deslocação) ao concelho de Vila Franca de Xira ou freguesias limítrofes de outros municípios», afirmam os autores do relatório.
Oito doentes ainda se encontram hospitalizados, embora nenhum em cuidados intensivos.
Em relação aos óbitos, estes tinham idades compreendidas entre os 43 e os 89 anos, nove eram homens e três mulheres.
Até hoje, prossegue o relatório, «o mandado de suspensão do funcionamento das torres de refrigeração das fábricas inicialmente suspeitas foi revogado em todos os casos, exceto numa empresa, com base nas evidências analíticas apresentadas por estas, em como nenhum elemento dos respetivos sistemas de refrigeração apresentava legionella».
Estas evidências analíticas basearam-se «em resultados obtidos por laboratórios devidamente acreditados, em relação à presença efetiva de bactérias nas amostras de água recolhidas nos mesmos pontos amostrados pela Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT)».
Os três organismos indicaram ainda que «foram remetidos ao Ministério Público os elementos que poderão eventualmente consubstanciar a prática de um crime de poluição, encontrando-se o processo em Segredo de Justiça».
A doença do legionário, provocada pela bactéria Legionella pneumophila, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.
O documento divulgado esta segunda-feira, subscrito pela Direção-Geral da Saúde (DGS), o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), refere que estão ainda «sujeitos a investigação epidemiológica ou laboratorial 40 casos adicionais», na sequência do surto da doença dos legionários (legionella).
O surto de legionella foi identificado a 7 de novembro passado em freguesias do concelho de Vila Franca de Xira e controlado em duas semanas, por especialistas da DGS, do INSA e da ARSLVT.
«Ficou demonstrada a correspondência da estirpe de bactérias isoladas numa das torres de arrefecimento de uma unidade fabril local, com a estirpe identificada em secreções brônquicas de doentes», lê-se no documento que a Lusa cita.
A 21 de novembro, no final da última reunião do grupo de trabalho constituído pelo Ministério da Saúde para acompanhar o surto, o diretor-geral da Saúde disse que as bactérias encontradas em doentes com legionella são semelhantes às detetadas numa torre de refrigeração da empresa Adubos de Portugal.
Segundo o documento, a idade média dos doentes foi de 58 anos e, dos 375 casos, 251 (67 por cento) são do sexo masculino e 124 (33 por cento) do sexo feminino.
A maioria dos doentes, 78 por cento, residem em Vila Franca de Xira, 11 por cento no concelho de Loures e 11 por cento habitam em outras freguesias.
«Todos os casos identificados tiveram ligação epidemiológica (residência, trabalho, permanência ou deslocação) ao concelho de Vila Franca de Xira ou freguesias limítrofes de outros municípios», afirmam os autores do relatório.
Oito doentes ainda se encontram hospitalizados, embora nenhum em cuidados intensivos.
Em relação aos óbitos, estes tinham idades compreendidas entre os 43 e os 89 anos, nove eram homens e três mulheres.
Até hoje, prossegue o relatório, «o mandado de suspensão do funcionamento das torres de refrigeração das fábricas inicialmente suspeitas foi revogado em todos os casos, exceto numa empresa, com base nas evidências analíticas apresentadas por estas, em como nenhum elemento dos respetivos sistemas de refrigeração apresentava legionella».
Estas evidências analíticas basearam-se «em resultados obtidos por laboratórios devidamente acreditados, em relação à presença efetiva de bactérias nas amostras de água recolhidas nos mesmos pontos amostrados pela Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT)».
Os três organismos indicaram ainda que «foram remetidos ao Ministério Público os elementos que poderão eventualmente consubstanciar a prática de um crime de poluição, encontrando-se o processo em Segredo de Justiça».
A doença do legionário, provocada pela bactéria Legionella pneumophila, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.
15 de dez. de 2014
Legionella destrói vida de famílias
Doença obrigou Alexandra Gouveia a deixar o seu trabalho de decoradora. Direção-Geral da Saúde faz esta segunda-feira novo balanço do número de vítimas do surto.
Por João Saramago
Alexandra Gouveia, 44 anos, sobreviveu ao surto de legionella detetado no concelho de Vila Franca de Xira a 6 de novembro. Depois de estar internada 24 dias no hospital de Santa Maria, em Lisboa, tem agora de permanecer três semanas em casa. "Não sei como vou sobreviver. Tenho despesas fixas mensais de 1500 euros, contudo, ainda não tenho condições de saúde para abrir a loja. Temo ter de fechar em definitivo", referiu a decoradora, que há 14 anos tem uma loja na Póvoa de Santa Iria. No dia em que a Direção-Geral da Saúde divulga o mais recente balanço do número de vítimas do surto, o CM revela três casos de mulheres que sobreviveram à doença e que agora têm dificuldades económicas. Todas expressam uma ideia comum. "Há que fazer os responsáveis pagar pelas dificuldades que estamos a enfrentar", disse, por sua vez, Cristina Monteiro, 47 anos, administrativa residente em Forte da Casa. "Não fiz nada para adoecer. Não tenho qualquer responsabilidade nisso. Contudo, fui obrigada a ter de me separar do meu filho de seis meses para ser internada. Foi muito injusto", disse Ana Gomes, 37 anos, desempregada. A moradora na Póvoa de Santa Iria acrescentou que embora curada sente que "a nível psicológico as coisas ainda não estão bem." Também Alexandra Gouveia fala em dificuldades: "Sinto-me fraca e, sobretudo, tenho medo de respirar. Tenho medo de voltar a ficar doente." "Os médicos foram muito claros e disseram-me que nesta fase tenho de andar de máscara e evitar contactos perante o risco de me constipar", acrescentou. No seu trabalho de decoradora, Alexandra Gouveia trabalha com tintas, produto que os médicos a impedem agora de usar. "Tenho de cumprir. Disseram-me que se tivesse chegado meia hora mais tarde ao hospital não me tinham conseguido salvar."
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/detalhe/legionella_destroi_vida_de_familias.html
Por João Saramago
Alexandra Gouveia, 44 anos, sobreviveu ao surto de legionella detetado no concelho de Vila Franca de Xira a 6 de novembro. Depois de estar internada 24 dias no hospital de Santa Maria, em Lisboa, tem agora de permanecer três semanas em casa. "Não sei como vou sobreviver. Tenho despesas fixas mensais de 1500 euros, contudo, ainda não tenho condições de saúde para abrir a loja. Temo ter de fechar em definitivo", referiu a decoradora, que há 14 anos tem uma loja na Póvoa de Santa Iria. No dia em que a Direção-Geral da Saúde divulga o mais recente balanço do número de vítimas do surto, o CM revela três casos de mulheres que sobreviveram à doença e que agora têm dificuldades económicas. Todas expressam uma ideia comum. "Há que fazer os responsáveis pagar pelas dificuldades que estamos a enfrentar", disse, por sua vez, Cristina Monteiro, 47 anos, administrativa residente em Forte da Casa. "Não fiz nada para adoecer. Não tenho qualquer responsabilidade nisso. Contudo, fui obrigada a ter de me separar do meu filho de seis meses para ser internada. Foi muito injusto", disse Ana Gomes, 37 anos, desempregada. A moradora na Póvoa de Santa Iria acrescentou que embora curada sente que "a nível psicológico as coisas ainda não estão bem." Também Alexandra Gouveia fala em dificuldades: "Sinto-me fraca e, sobretudo, tenho medo de respirar. Tenho medo de voltar a ficar doente." "Os médicos foram muito claros e disseram-me que nesta fase tenho de andar de máscara e evitar contactos perante o risco de me constipar", acrescentou. No seu trabalho de decoradora, Alexandra Gouveia trabalha com tintas, produto que os médicos a impedem agora de usar. "Tenho de cumprir. Disseram-me que se tivesse chegado meia hora mais tarde ao hospital não me tinham conseguido salvar."
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/detalhe/legionella_destroi_vida_de_familias.html
Sofitel Jequitimar Guarujá recebe prêmio Braztoa Sustentabilidade
Sofitel Jequitimar Guarujá, ganhou o 2º lugar do prêmio Braztoa Sustentabilidade com o projeto Emissão Zero. O prêmio reconhece ações responsáveis no mercado de viagem.
Parabéns aos nossos embaixadores que idealizaram o projeto:
Luís Fernando Matos - Gerente de Manutenção
Richard B. Ferreira - Técnico Ambiental
Pauo Vanso - Supervisor de Manutenção
Ser sustentável é magnifique!
Parabéns aos nossos embaixadores que idealizaram o projeto:
Luís Fernando Matos - Gerente de Manutenção
Richard B. Ferreira - Técnico Ambiental
Pauo Vanso - Supervisor de Manutenção
Ser sustentável é magnifique!
Legionella detectada nos balneários das minas de Neves Corvo
Análises de rotina feitas aos balneários que servem os operários que trabalham na lavaria de zinco da mina de Neves Corvo, no concelho de Castro Verde, detectaram a presença decolónias de Legionella.A informação foi enviada na tarde de sexta-feira à Sociedade Mineira de Neves-Corvo (Somincor), que detém a concessão do couto mineiro. A empresa ordenou o encerramento dos balneários “na manhã de hoje [sábado]”, adiantou ao PÚBLICO Jacinto Anacleto, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira.As análises que também foram efectuadas aos balneários da lavaria de cobre e torres de refrigeração do complexo mineiro deram “resultado negativo”, frisou a empresa em comunicado, garantindo que não existem casos de doença declarada. O comunicado refere ainda que já foram “efetuadas diligências no sentido de contactar uma empresa especializada para proceder à desinfecção desse mesmo balneário”.Questionado sobre a reacção dos trabalhadores à presença daLegionella na mina, Jacinto Anacleto realçou a “morosidade” das análises e o facto de terem sido de rotina e efectuadas “na altura em que ocorreu o surto em Vila Franca de Xira”, no início de Novembro.O sindicalista condena o facto de ter passado mais de um mês até que se conhecessem os resultados e lembra o risco que correram os trabalhadores que utilizaram balneários contaminados, o que no seu entender “justificava análises com carácter de urgência”.Este possível surto de Legionella na mina de Neves Corvo surge poucos dias depois de ter sido revelada a presença da bactéria nas torres de refrigeração da empresa Euroresinas, localizada na zona industrial de Sines. No entanto, as várias análises de controlo efectuadas no dia 12 de Dezembro à água da torre de refrigeração da fábrica “deram como provada a inexistência de Legionella pneumophila”, refere um comunicado conjunto da Autoridade de Saúde do Alentejo Litoral e da Câmara de Sines, divulgado este sábado. A normalização da situação permite à empresa Euroresinas retomar a sua actividade — suspensa a 11 de Dezembro, logo que foi conhecida a presença da bactéria —, sem que tenham sido registados casos de doença.
14 de dez. de 2014
Legionella bacteria found in Tel Aviv's Hilton Hotel
The bacteria is the source of the infectious and sometimes fatal Legionnaires disease
Following three patients being diagnosed with Legionnaires disease, inspectors have discovered the potentially fatal Legionella bacteria in the water system of the four-star hotel.
All three patients had used the showers and bathrooms located on the lower floors of the Hilton reported the Israeli daily Haaretz, and the Health Ministry has ordered the hotel urgently address the issue.
The ministry also emphasized that the water system used in lower floors are separate from that of the hotel rooms.
Those at risk of getting the disease are the elderly, people with defective or weak immune systems and people suffering from chronic lung diseases.
The disease is not contagious and cannot be spread directly from person to person but can multiply in water and air conditioning systems.
It is usually caught by breathing in small droplets of contaminated water.
Legionnaires diseases is diagnosed by high fever, chills, coughing, headaches, muscle aches and pain, loss of appetite, diarrhea and vomiting. The disease can also develop into pneumonia, which if left untreated, can be fatal.
Large buildings such as hotels, hospitals, museums and office blocks are more vulnerable to legionella contamination because they have larger, more complex water supply systems in which the bacteria can quickly spread..
11 de dez. de 2014
Mortes por legionella sobem para 12
O número de mortes por legionella voltou a subir. Uma mulher internada no Hospital de Vila Franca de Xira tornou-se ontem a 12ª vítima da doença, confirmou o SOL, junto das autoridades de saúde.
A mulher era de Forte da Casa, uma das três freguesias mais atingidas pela bactéria, e estava internada há várias semanas. Na semana passada, já tinha morrido um homem de 43 anos que também estava internado.
Os dados finais sobre o impacto do surto da bactéria em Vila Franca de Xira serão apresentados dia 15 na Direcção-Geral da Saúde. Este organismo deixou de fazer diariamente a actualização do número de mortes, quando o surto foi considerado extinto.
Surto de legionella provocou stress agudo grave que pode trazer consequências negativas
O surto de legionella que matou uma dezena de pessoas e infectou mais de 330 no concelho de Vila Franca de Xira é um episódio traumático a nível emocional que vai deixar sequelas se não for acompanhado. Ansiedade, insónias, medo de sair à rua e contactar com hospitais são algumas das possíveis consequências. Pedidos de ajuda começaram a chegar ao gabinete de psicologia da Junta da Póvoa de Santa Iria.
O surto de legionella que atingiu o concelho de Vila Franca de Xira matou onze pessoas mas aqueles que ficaram infectados e internados, incluindo os seus familiares, vão sofrer consequências emocionais para a vida se não forem acompanhados. A maioria viveu situações de stress agudo grave que não vão desaparecer de um dia para o outro. O alerta é lançado por Mónica Batalha, psicóloga responsável do serviço de psicologia da Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria, que está a acompanhar algumas vítimas do surto.
Dor e ansiedade generalizada, insónias, pesadelos, angústia, inabilidade em lidar com a sociedade, medo de sair à rua e apanhar frio e até medo de voltar a contactar com hospitais são algumas das consequências mais comuns num surto como este. “No futuro, como a legionella deixa algumas lacunas e marcas físicas, as pessoas têm tendência a regredir e a sentir novamente emoções de quando foram internadas, mesmo que só tenham uma constipação”, avisa Mónica Batalha.
Para a psicóloga, quanto mais cedo as vítimas procurarem apoio, mais fácil se torna o tratamento. “As pessoas mais vulneráveis emocionalmente a estes cenários de crise são os idosos e as pessoas com pouco apoio familiar, em que os recursos da comunidade não são tão acessíveis e onde as pessoas estão mais isoladas”, explica. O tratamento passa por, recorrendo aos recursos pessoais da vítima e às suas capacidades de resiliência, encontrar e gerir estratégias para lidar com a situação traumática, devolvendo o funcionamento cognitivo e psicológico que a pessoa tinha antes do surto acontecer.
O acompanhamento do luto é o mais difícil. “Quanto antes conseguirmos lidar com a pessoa enlutada melhor. Nestes casos há um tampão emocional, a pessoa não fala, não quer ouvir falar do falecido. O que acontece é um acumular de emoções negativas e é muito importante a pessoa desabafar, falar da situação traumatizante e receber um acolhimento activo, de escuta activa, para que as coisas comecem a ficar reorganizadas no processo cognitivo da pessoa enlutada”, explica. O tratamento psicológico destas situações depende muito do utente e tanto pode demorar de um mínimo de quatro sessões até vários meses. Mónica Batalha acredita que com o passar do tempo é provável que mais pessoas venham a solicitar o apoio psicológico, alguns até por recomendação dos médicos de família.
O apoio é gratuito e basta apenas formalizar uma inscrição por escrito na sede da junta de freguesia. A Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria presta apoio psicológico às vítimas do surto de legionella através do serviço de psicologia que já funciona desde 2005. O serviço nasceu de uma proposta feita por Mónica Batalha à junta de freguesia e hoje em dia acompanha pessoas de vários estratos sociais. Mónica é natural da Póvoa, cidade onde cresceu e viveu. Além de Mónica Batalha o serviço conta também com a colaboração de Cátia Cerqueira.
As responsáveis garantem que o preconceito associado à psicologia está a diminuir e que hoje esse apoio é visto como tão fundamental como qualquer outro da medicina moderna. “Não temos sentido vergonha por parte da população, apenas nos idosos notamos um pouco mais de relutância”, notam.
Infant Born in Water Dies of Legionella Infection
by Bahar Gholipour, Staff Writer | December 10, 2014 01:30pm ET
An infant in Texas died from Legionnaires' disease few weeks after being born in a heated birthing pool at home, according to a new report from investigators at the Texas Department of State Health Services.
Legionnaires' disease is a severe form of pneumonia and is caused by Legionella bacteria, which live in warm water and can be commonly found in hot tubs and plumbing systems, according to the Centers for Disease Control and Prevention.
The baby's death, in January 2014, is the first and only documented case of this infection linked with water birth in the United States, and comes after a few similar cases of Legionella infection reported in the UK and France. But there could be more cases that haven't been reported, the researchers said.
10 de dez. de 2014
Magilligan hospital wing closed after Legionnaire’s death, inquest told
A prison hospital wing in Magilligan where a Castlerock man contracted a deadly water-borne disease was replaced with a state-of-the-art facility soon afterwards, an inquest has heard.
John Russell, 64, was an inmate at Magilligan and a cancer sufferer when his health was noticed to have deteriorated in the prison’s health care centre in January 2007.
He was taken to the Causeway Hospital by ambulance where he died 11 days later on February 8. A post-mortem examination revealed Mr Russell had contracted a form of Legionnaire’s disease.
The legionella bacteria is commonly found, and often harmless, in natural sources of water like rivers and lakes, but able to multiply rapidly if it contaminates the water supplies of buildings.
At the hearing in Belfast on Monday, staff nurse Karen Boyd told coroner Jim Kitson that on January 29 she checked on Mr Russell and was immediately concerned by his breathing difficulties and blue-tinged lips.
She said that although the building was quite old fashioned, the staff kept it “scrupulously clean” at all times.
Mrs Boyd added: “That unit is no longer in use. Things have definitely moved on. The prisoners were moved out and the new unit was opened up.”
At a previous inquest hearing earlier this year it was revealed that there is disagreement between the Department of Finance and Personnel (DFP), which has responsibility for some aspects of public property management, and the private company Nalco which was contracted to manage the prison’s water system, over some aspects of the responsibilities of each body.
Quoting from a witness statement, coroner’s counsel Mark Reel said: “One of these issues is the liaison and to what extent it operated, or did not operate and why, between Nalco, DFP and Prison Service.
“That would appear to be an issue that is relevant to this inquest.”
At Monday’s hearing Mr Reel told the jury of six men and four women that water samples taken from the water supply at the prison health centre “were found to contain the exact same sub strain” of the legionella bacteria discovered in the lungs of Mr Russell.
Following Mr Russell’s death, a detailed investigation by the Health and Safety Executive discovered high levels of legionella bacteria in the unit’s hot and cold water system.
Although this was a breach of the Health and Safety at Work Order, no criminal proceedings could be taken against the Prison Service because of Crown immunity.
9 de dez. de 2014
Água mineral é sempre melhor do que da torneira? Veja mitos e verdades
Camila Neumam
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
Com a crise hídrica se espalhando pelo país, fica a dúvida se o uso de reservas alternativas, como o volume morto do Sistema Cantareira, em São Paulo, ou a coleta de água em bicas tem uma qualidade inferior à do líquido que antes saía das torneiras de casa.
No Estado de São Paulo, onde há escassez em várias regiões, moradores relatam a chegada de água com cor de barro e gosto acentuado. Nestes casos, é aconselhável trocar o consumo desta água por água mineral? O filtro que temos em casa é capaz de deixar a água mais palatável ao consumo? Qual é a diferença entre estes tipos de água e qual é a melhor opção para a saúde?
Segundo especialistas consultados pelo UOL, em cidades onde há estações de tratamento de água e de esgoto, a água que chega às residências é potável, portanto, pode ser consumida de forma tão segura como a água do filtro ou água mineral. Onde não há sistema de tratamento, a água deve ser captada e fervida por 15 minutos antes de ser consumida. A água mineral, como o nome já diz, é fonte de minerais benéficos à saúde, ao passo que filtros e purificadores têm a função de eliminar os possíveis resíduos que vêm da rua, e diminuir o gosto da água.
A portaria 2.914, de 12 de dezembro de 2011, do Ministério da Saúde, elenca os procedimentos de controle de qualidade da água potável para o consumo humano e assegura que ela pode ser usada para beber, cozinhar e para higiene pessoal.
Água de beber
Para ser considerada potável, a água deve apresentar quatro características: ser insípida (não ter gosto), inodora (não ter cheiro), incolor (não ter cor) e ser desprovida de microrganismos que causam doenças, como os coliformes fecais.
A água potável vinda da rua pode ser bebida, mesmo apresentando o conhecido 'gosto de torneira', fruto do cloro usado no tratamento e dos metais presentes na água.
"A água da torneira é potável. Se você tiver certeza que a caixa d'água está limpinha, sempre bem cuidada, pode beber tranquilamente. A água tratada pode ter gosto característico pelo excesso de cloro ou às vezes do próprio manancial", diz Edson Aparecido Abdul Nour, professor da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp.
Segundo o especialista em água de reúso, 500 microorganismos a cada cem mililitros de água reservada em uma caixa d'água limpa é um indicativo de água de boa qualidade.
"A água da rua obedece a legislação, mas depois que ela entra em casa, o morador é o responsável por sua qualidade", diz.
E na época de seca?
Já no período que envolve a época de seca, a qualidade da água pode realmente ser prejudicada, explica o especialista Edson Abdul Nour.
Isso porque em época de escassez de água a vazão dos rios diminui, mas a entrada de esgoto, mesmo tratado, continua a mesma, aumentando a concentração de poluentes e contaminantes nas águas.
No início das chuvas, essas águas 'lavam' a sujeira depositada nos rios, causando impacto na qualidade da água.
"Épocas de seca ou de início das chuvas podem alterar a qualidade da água e deixar um gosto residual, mesmo sendo tratada. O sabor é controlado, mas há pessoas que são mais sensíveis do que outras", diz.
Água não tratada causa doenças
Em locais onde a água não é tratada, os moradores ficam mais suscetíveis a beber água de má qualidade e, consequentemente, a contrair bactérias como a Salmonella, que causa a febre tifoide, e Escherichia coli, que causa diarreia, infecção urinária e colite, além de doenças como o cólera e toxoplasmose, de acordo com a infectologista Heloísa Ramos Lacerda, diretora da Sociedade Brasileira de Infectologia.
"Há maior risco de contrair principalmente infecções gastrointestinais pelo contato com bactérias ou protozoários. E o risco de contrair dengue pelo armazenamento de água [onde as larvas do mosquito Aedes aegypti se reproduzem]", afirma Lacerda.
Embora o governo seja responsável pela qualidade da água que chega às residências, que deve respeitar o padrão estabelecido na legislação brasileira, 23,8 milhões de lares brasileiros não contam com saneamento básico, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2013, divulgado em setembro deste ano.
Água mineral versus água potável
Diferentemente da água potável que suscita muitas dúvidas, a água mineral é considerada confiável por ser retirada de fontes naturais e ter função medicamentosa, isto é, minerais que fazem bem à saúde. Porém, algumas amostras também passam por testes de qualidade que avaliam se a quantidade de minerais em sua composição é indicada para consumo humano e se ela está livre de organismos que causam doenças, de acordo com a legislação brasileira.
"A água mineral tem diferentes componentes, incluindo minerais como o ferro e o magnésio. A água mineral benéfica à saúde tem que ter 500 miligramas de minerais por litro", afirma o nutrólogo José Alves Lara Neto, vice-presidente da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia).
É o decreto-lei 7.841, de 8 de agosto de 1945, da Presidência da República, que dispõe as normas para a extração e o comércio deste tipo de bebida desde então.
Depois de retirada da fonte, a água mineral deve ser diretamente engarrafada e armazenada em local fresco e arejado para se manter segura para o consumo. A água mineral em si não tem prazo de validade, mas a forma como ela é estocada pode fazer o líquido ser contaminado e se deteriorar.
"O consumidor tem que avaliar se a água está bem armazenada, se a garrafa não parece gasta. O recomendável é que ela fique longe do sol porque isso afeta a qualidade do líquido e, se houver alguma contaminação, pode desenvolver algas dentro do frasco, diz Nour.
Uma das desvantagens da água mineral em relação à água potável é a falta de flúor em sua composição, embora haja água mineral fluoretada. O flúor é um forte aliado na redução da incidência de cáries.
Apesar de terem o mesmo poder de hidratação das águas minerais não gasosas, as que contêm gás têm dióxido de carbono, composto químico capaz de aumentar o risco de osteoporose.
A água mineral também tem sódio que em quantidades maiores do que o recomendado (200 miligramas por litro), aumenta o risco de várias doenças.
"O dióxido de carbono composto na água tende a competir com o cálcio, diminuindo sua absorção no organismo e aumentando o risco de osteoporose", diz Lara Neto.
"Se tiver sódio em excesso na água, seu consumo pode aumentar o risco de desidratação, hipertensão, cálculo renal ou de bexiga e problemas cardíacos", diz Nour.
8 de dez. de 2014
Famílias atingidas pela Legionella terão apoio de advogados
Proposta final de protocolo a ser celebrado com delegação local da Ordem dos Advogados será votada em breve.
A Câmara de Vila Franca de Xira vai celebrar um protocolo com a Delegação local da Ordem dos Advogados (OA), que enquadre as condições de acompanhamento jurídico das famílias atingidas pelo recente surto delegionella que pretendam exigir responsabilidades e compensações. Esta iniciativa, sugerida na última sessão da Assembleia Municipal, foi confirmada nesta semana em reunião camarária. A proposta final de protocolo será votada na próxima sessão de 17 de Dezembro.O presidente da autarquia, o socialista Alberto Mesquita, revelou entretanto que a câmara vai interpor uma acção em tribunal para exigir compensações pagas por pessoas que possam vir a ser responsabilizadas.Este surto de legionella, o maior alguma vez registado em Portugal, infectou 336 pessoas, quase todas residentes nas três freguesias do sul do concelho de Vila Franca, e provocou 11 mortes, a última das quais confirmada nesta sexta-feira: um homem de 43 anos que estava internado no Hospital de Vila Franca de Xira e faleceu na quinta-feira.A Direcção-Geral de Saúde e entidades do Ministério do Ambiente comunicaram, no dia 21, que a estirpe de legionella encontrada numa das torres de refrigeração da empresa ADP-Fertilizantes é semelhante à que infectou as pessoas. As conclusões foram participadas ao Ministério Público.Na Assembleia Municipal, Alberto Mesquita esclareceu que os juristas da câmara apenas podem dar aconselhamento às pessoas mas não podem, de acordo com a lei, acompanhar os processos e representar as pessoas em tribunal. O edil sugeriu por isso que, perante as dificuldades com que as famílias se virão confrontadas nestes processos, o município celebre um protocolo com a Delegação de Vila Franca da Ordem dos Advogados (OA), para definir mecanismos de facilitação do acesso dos queixosos à justiça. A ideia foi incluída na moção apresentada pelo Bloco de Esquerda (BE) e aprovada na Assembleia Municipal.Alberto Mesquita explicou que os juristas da câmara têm aconselhado as pessoas que pretendem reclamar compensações em tribunal. “Sugerimos que se faça este protocolo com a Delegação da OA, para que as pessoas possam, junto da delegação e através de advogados indicados por esta, ter um apoio mais coordenado”, referiu o autarca do PS, admitindo que os termos do protocolo propostos pelos serviços ainda lhe suscitam algumas dúvidas. “Trarei à próxima reunião um documento com a proposta final”, prometeu.Alberto Mesquita observou que o executivo PS está de acordo com tudo o que foi dito pela oposição e que já deu instruções ao advogado da câmara para que o município “se constitua como credor de situações que venham a resultar daquilo que o Ministério Público está a averiguar. Para além dos problemas de imagem do concelho, de que estamos a tentar recuperar o mais depressa possível, há, de facto, danos que não sabemos se poderemos recuperar de todo”, reconheceu o presidente da Câmara, acrescentando que já pediu ao vereador responsável pelos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento e pela Protecção Civil que contabilize os gastos gerados por toda esta situação do surto de legionella.
A Câmara de Vila Franca de Xira vai celebrar um protocolo com a Delegação local da Ordem dos Advogados (OA), que enquadre as condições de acompanhamento jurídico das famílias atingidas pelo recente surto delegionella que pretendam exigir responsabilidades e compensações. Esta iniciativa, sugerida na última sessão da Assembleia Municipal, foi confirmada nesta semana em reunião camarária. A proposta final de protocolo será votada na próxima sessão de 17 de Dezembro.O presidente da autarquia, o socialista Alberto Mesquita, revelou entretanto que a câmara vai interpor uma acção em tribunal para exigir compensações pagas por pessoas que possam vir a ser responsabilizadas.Este surto de legionella, o maior alguma vez registado em Portugal, infectou 336 pessoas, quase todas residentes nas três freguesias do sul do concelho de Vila Franca, e provocou 11 mortes, a última das quais confirmada nesta sexta-feira: um homem de 43 anos que estava internado no Hospital de Vila Franca de Xira e faleceu na quinta-feira.A Direcção-Geral de Saúde e entidades do Ministério do Ambiente comunicaram, no dia 21, que a estirpe de legionella encontrada numa das torres de refrigeração da empresa ADP-Fertilizantes é semelhante à que infectou as pessoas. As conclusões foram participadas ao Ministério Público.Na Assembleia Municipal, Alberto Mesquita esclareceu que os juristas da câmara apenas podem dar aconselhamento às pessoas mas não podem, de acordo com a lei, acompanhar os processos e representar as pessoas em tribunal. O edil sugeriu por isso que, perante as dificuldades com que as famílias se virão confrontadas nestes processos, o município celebre um protocolo com a Delegação de Vila Franca da Ordem dos Advogados (OA), para definir mecanismos de facilitação do acesso dos queixosos à justiça. A ideia foi incluída na moção apresentada pelo Bloco de Esquerda (BE) e aprovada na Assembleia Municipal.Alberto Mesquita explicou que os juristas da câmara têm aconselhado as pessoas que pretendem reclamar compensações em tribunal. “Sugerimos que se faça este protocolo com a Delegação da OA, para que as pessoas possam, junto da delegação e através de advogados indicados por esta, ter um apoio mais coordenado”, referiu o autarca do PS, admitindo que os termos do protocolo propostos pelos serviços ainda lhe suscitam algumas dúvidas. “Trarei à próxima reunião um documento com a proposta final”, prometeu.Alberto Mesquita observou que o executivo PS está de acordo com tudo o que foi dito pela oposição e que já deu instruções ao advogado da câmara para que o município “se constitua como credor de situações que venham a resultar daquilo que o Ministério Público está a averiguar. Para além dos problemas de imagem do concelho, de que estamos a tentar recuperar o mais depressa possível, há, de facto, danos que não sabemos se poderemos recuperar de todo”, reconheceu o presidente da Câmara, acrescentando que já pediu ao vereador responsável pelos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento e pela Protecção Civil que contabilize os gastos gerados por toda esta situação do surto de legionella.
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