Depois de terem sido suspensos os tratamentos no Hospital Termal a 29 de Junho, alegadamente devido a uma avaria num equipamento, tal como a Gazeta das Caldas noticiou na semana passada, a administração do Centro Hospitalar Oeste Norte emitiu a 5 de Julho uma nota de imprensa a anunciar que estes tinham sido parados “pelo facto dos parâmetros microbiológicos da água mineral natural não cumprirem os requisitos legalmente exigidos”. Ou seja, foi detectada a presença de legionella nas análises de rotina que terão sido efectuadas na terça-feira, 3 de Julho, e cujos resultados seriam conhecidos dois dias depois, de acordo com Carlos Sá.
Sem aludir ao facto dos tratamentos já estarem anteriormente parados, o CHON levou ao engano os órgãos de comunicação social nacional que noticiaram que estes tinham sido interrompidos nesse dia.
Esta é a segunda vez este ano que o hospital fecha e em ambos os casos a administração do Centro Hospitalar alude primeiro a uma avaria de equipamento, acabando por anunciar pouco depois que afinal também houve uma contaminação bacteriológica.
No início do ano os tratamentos foram suspensos a 2 de Janeiro, alegadamente por causa da avaria numa bomba, e três dias depois o CHON acabaria por anunciar a detecção da legionnela. Em ambas situações tinha sido dito à Gazeta que não havia problemas com as análises às águas termais.
Carlos Sá garantiu ao nosso jornal que quando nos comunicou a avaria do equipamento, não tinha qualquer suspeita da presença da bactéria na água termal. Para o responsável, contudo, parece haver “uma relação entre avarias nos equipamentos e depois contaminações”.
Tal como é habitual, quando aparece a legionnela, a suspensão envolve apenas a área de hidrobalneoterpia, mantendo-se em funcionamento as restantes actividades, nomeadamente as massagens, bem como o internamento de ortopedia, as consultas de psiquiatria e os tratamentos de medicina física e de reabilitação.Em 2005 e 2009 as termas também estiveram encerradas pelo mesmo motivo, sendo que há dois anos foi detectada também a presença de pseudomonas nalguns pontos do percurso da água. O primeiro problema com contaminações bacteriológicas surgiu em 1997, devido à pseudomona, e levou ao seu encerramento durante três anos.
A legionnela foi encontrada na adução (entre o furo e o hospital termal) e nas canalizações das termas.
Segundo antigos responsáveis do hospital termal que o nosso jornal contactou, nesta altura do ano seria normal serem tomadas medidas adicionais de protecção da qualidade da água uma vez que o calor é propício ao aparecimento de bactérias.
Aos aquistas que estavam em tratamento foi dada a oportunidade de receberem de volta o pagamento que já tinham efectuado e assim poderem voltar quando o hospital reabrir.
O PS das Caldas reagiu ao encerramento do hospital termal, tendo tornado público um comunicado onde exige uma “investigação criteriosa” ao aparecimento da legionnela, o qual motivou uma resposta, também em comunicado por parte da administração do CHON (ver Divulgação Institucional).
13 de jul. de 2012
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